O quatro de abril

O quatro de abril
reflexão que levou ao blog

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Arteco 40: As ideias de Jaime Lerner, eleito um dos pensadores mais influentes do mundo pela Time

Arteco 40: As ideias de Jaime Lerner, eleito um dos pensadores mais influentes do mundo pela Time
Direto ao ponto: A finalidade deste blog é juntar de forma imparcial, porém séria, opiniões, sugestões e ajuda para transformarmos as favelas num lugar melhor de se viver, em todos os aspectos da vida em sociedade.
O quatro de abril de 2010 trouxe-nos à tona uma questão política séria: as Remoções. Porém, da forma como foi tratada pela Prefeitura do Rio, quem tem conhecimento de causa e mesmo viveu ou vive  o drama, sabe que não é bem assim.
Antes que se aglutinem críticas desnecessárias, pensamentos cínicos ou demagogos e, tendo que manter a impessoalidade apesar de morar numa favela: Morro dos Prazeres (mostrado na foto), creio que, se mantida a seriedade que o assunto urge, conseguiremos resolver não só esta questão específica, a de reitegração das comunidades carentes à sociedade, como outros contextos de sustentabilidade.
Vou encabeçar o Blog com algumas sugestões minhas. Não sou muito bom de ordenar as coisas, talves por enfermidade ou pelo "boom" de idéias, mas vou tentar descrever assim mesmo e com a ajuda de todos, num futuro próximo ordená-las-ei.
Definir favela não é difícil. A sua origem já complica um pouco, organizar a vida dentro delas...Quando se nasce em uma comunidade 'carente' e se contempla com a maioridade, não se pode se quer o luxo de refletir sobre o passado. Quase tudo fica perdido numa batalha incessante de auto superação. Não sou queixoso da  desigualdade Social. Prefiro ser prático. Tráfico de drogas, alcoolismo, prostituição infantil, queimadas, saneamentos, moradias. Ficaríamos numa roda eterna falando dos problemas que existem tanto cá como lá. Numa visão interna de uma comunidade, muito se pode fazer para alcançar a sustentabilidade: reflorestamentos, coletas seletivas do lixo, multirões, dentre outras. O pertubador é a falta da integração. Se tratarem as comunidades, de forma continuada, como se fossem aquelas vilas de leprosos, teremos sempre em escala menor, um fiel retrato da imcopetência administrativa da escala real: o País. Para min, 'fiel no pouco, sobre muito será posto'. Temos que mostrar nossa capacidade de resolver conflitos em modelos sociais menores e sem dúvidas a favela é um bom modelo.
Uma favela auto sustentável deveria capacitar seus moradores, gerar renda internamente, fornecer mão-de-obra de auto nível, se limitar de forna balanceada respeitantando o meio ambiente. Tudo isso vejo como plenamente possível, só 'chamar o síndico'. Sério. Como?
  • Reitegrar as Associações de Moradores ao pleito administrativo público (concursiva ou terceirizada, com administrador regional avaliados pelo poder público e votados pelo cidadão local)
  • Criar centros tecnológicos de pré-beneficiamentos do lixo gerado (coleta seletiva; reciclagem, re-uso), do esgotamento sanitário (aproveitar o potencial de descida do fluxo das águas servidas para gerar energia; pré-tratamento por quantidade de habitações), do solo de ocupação (do entulho gerado pelas adequações hubarnísticas, barreiras, etc, implementar novos materiais como tijolos, blocos...)
  • Reurbanizar com deslocamento gradual, talvez baseado em multirões, as residências das áreas de risco e demais moradias sem conformidades com os padrões mínimos, pré-estabelecendo comarcas para as relocações
  • Aparelhar as comunidades, com números expressivos de moradores, dos padrões mínimos de acessibilidade para equalização social: Escolas Técnicas ( Centros de Iniciação Profissional), Postos de Saúde (Centros de Orientação Para Vida Saudável e Prevenções), Centro Prático de Aplicação (extenções das faculdades com um braço na favela), tudo em escala menor porém funcional. As comunidades menores e adjacentes teriam acessos a esses beneficiamentos. Parcerias com comércio regional e arrecadações vindas de incentivos fiscais e doações facilitariam a implementação e gerenciamento.
  • Criar um sistema de Imposto Único (específico de cada comunidade, porém, irrevogável. Quem mora teria que pagar) para minimizar os investimentos externos e criar uma bolsa de caução de custeio dos projetos, pagar a mão de obra fixa da gestão regional , consumo de água e retirada do lixo.
  • Titularizar as locações distiguindo os espaços construídos daqueles para servidão (Hurbanização, Ruas, Becos, Áreas de Interecesse Ambiental). Medida simples que impediria o mal uso da terra e a expansão deliberada das favelas, além do fácil controle do Servidor
  • Dar, o Poder Público, suporte na questão de segurança pública, viabilizando o acesso do gestor público e de outros interecessados em investir nas favelas, tanto no comércio como na indústria (diversão, lazer, turismo, empreendimentos)
Estas são, entre muitas idéias, minhas sugestõe. Maturar essas e outras para colocá-las em prática, é a razão do Blog.
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